quarta-feira, 18 de janeiro de 2017


Bandido algemado é deixado sozinho e foge com viatura da PM no RJ

Distância percorrida pelo suspeito é de 37 quilômetros (Foto: Reprodução/Google Maps)Um bandido algemado furtou uma viatura da Polícia Militar logo depois de ser preso em Rio das Ostras, no interior do Rio, na manhã desta terça-feira (17). O homem assaltava uma casa quando foi rendido pela polícia. A fuga ocorreu no bairro Recanto quando dois agentes deixaram o homem sozinho no carro para procurar um segundo suspeito.
O carro foi encontrado por volta de 12h em uma comunidade de Cabo Frio, cidade da Região dos Lagos do Rio que fica a cerca de 37 quilômetros de Rio das Ostras.
"O suspeito que estava dentro do carro passou as algemas por baixo da perna, pulou para o banco da frente e assumiu a direção até o bairro Jardim Esperança, em Cabo Frio. A viatura não apresentava danos".
Os policiais responsáveis pela ocorrência vão ser ouvidos pela Delegacia de Polícia Judiciária Militar, em Campos dos Goytacazes, e podem responder por crime de fuga culposa, segundo a corporação.
O homem que abandonou a viatura continua sendo procurado pela Polícia Militar. Segundo o batalhão da PM em Cabo Frio, diligências foram montadas para a localização do suspeito.
A ocorrência foi registrada na 128ª Delegacia de Polícia, em Rio das Ostras.

Lula será lançado candidato a presidente em abril, confirma Rui Falcão

1458740801851O presidente nacional do PT, Rui Falcão, confirmou nesta terça-feira, 17, que o partido pretende lançar o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em abril, durante o Congresso Nacional do PT. “O Lula não precisa ser lançado por ninguém, ele é o nosso candidato permanente à Presidência da República”, disse o dirigente petista, que participou em Brasília de uma reunião da bancada do partido na Câmara.
Na segunda-feira, 16, em um artigo publicado no site do PT, Falcão já havia afirmado que os petistas deviam se manifestar publicamente sobre a possibilidade Lula ser novamente candidato, defendeu que o lançamento deveria acontecer em abril e afirmou que partido não tem um “plano B” para as próximas eleições presidenciais.
Segundo Falcão, a ideia é que, até lá, Lula seja “alçado” como candidato pela militância, em encontros com movimentos sociais, como aconteceu na semana passada na Bahia, em um evento do Movimento dos Sem-Terra (MST).
Falcão também minimizou a possibilidade de Lula se tornar mais visado após o lançamento de candidatura, o que o tornaria uma figura mais vulnerável a ataques e críticas. “Não tem como o Lula ficar mais exposto do que ele já é”, disse.
Para o dirigente petista, oficializar que Lula vai ser o candidato ao partido em 2018 pode até mesmo desestimular novas ações da força-tarefa da Operação Lava Jato contra Lula, porque, segundo ele, ficaria claro que o ex-presidente estaria sofrendo perseguição política por querer disputar novamente a Presidência.




Entenda a diferença entre zika, dengue e chikungunya

O ano de 2017 iniciou com 855 cidades brasileiras em situação de alerta ou de risco de surto de dengue, chikungunya e zika, de acordo com o último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) do Ministério da Saúde. Com esse cenário, já é possível apontar uma necessidade de redobrar os cuidados de combate aos criadouros do vetor dessas doenças, para evitar que número de casos cresça cada vez mais.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, no ano de 2016 o número de casos de dengue manteve-se estável se comparados ao ano anterior. Até o dia 10 de dezembro foram registrados quase 1,5 milhão de casos prováveis em todo o Brasil, contra pouco mais que 1,6 milhão de casos no ano anterior.
A febre pelo vírus Zika só entrou para a Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública em fevereiro deste ano, portanto não existem dados oficiais comparativos com o ano de 2015, quando a doença foi identificada pela primeira vez no Brasil. Desde que começou a ser notificada até a publicação do último boletim em dezembro de 2016, foram registrados quase 212 mil casos prováveis de febre pelo vírus Zika no país.
Os casos de febre chikungunya foram os que mais cresceram nesse último ano, com um aumento de cerca de 620% em relação a 2015. Foram registrados em 2016 pouco mais de 263 mil casos, contra 36 mil no ano anterior. De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a tendência é de que o número de casos dessa doença continue em ascensão em 2017.
Embora o vetor seja o mesmo, o Aedes aegypti, e as três doenças tenham origem no mesmo continente, a África; para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a dificuldade de diagnóstico preciso pode representar um risco para os pacientes. O problema ocorre porque os sinais clínicos causados por esses vírus também são muito parecidos, mas o tratamento é bastante diferenciado.
De forma geral, as três doenças causam febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e exantema (rash cutâneo ou manchas vermelhas pelo corpo). No entanto, existem alguns sintomas marcantes que as diferem.
As diferenças entre dengue, chikungunya e zika
Zika
Os sintomas relacionados ao vírus Zika costumam se manifestar de maneira branda e o paciente pode, inclusive, estar infectado e não apresentar qualquer sintoma (apenas uma em cada quatro pessoas infectadas apresenta manifestação clínica da doença). Mas um sinal clínico que pode aparecer logo nas primeiras 24 horas e é considerado como uma marca da doença é o rash cutâneo e o prurido, ou seja, manchas vermelhas na pele que provocam intensa coceira. Há, inclusive, relatos de pacientes que têm dificuldade para dormir por conta da intensidade dessas coceiras.
Ao contrário da dengue e da chikungunya, o quadro de febre causado pelo vírus Zika costuma ser mais baixo e as dores nas articulações mais leves. A doença ainda traz como sintomas a hiperemia conjuntival (irritação que deixa os olhos vermelhos, mas sem secreção e sem coceira), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.
Bastante raros, os relatos de morte em decorrência de zika estão, geralmente, relacionados ao agravamento do estado de saúde do paciente, já portador de outras enfermidades. Em 2016, foram confirmados laboratorialmente seis mortes por vírus Zika: quatro no Rio de Janeiro e duas no Espírito Santo.
A doença é associada a complicações neurológicas, como a síndrome de Guillain-Barré e a ocorrência de microcefalia e malformação cerebral em recém-nascidos contaminados pelo vírus ainda durante a gestação. Em 2016, foram registrados 16.864 casos prováveis de gestantes infectadas pelo Zika, sendo 10.769 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial.
Destes, foram notificados 10.574 casos de recém-nascido natimorto, abortamento ou feto com suspeita de microcefalia ou alterações do sistema nervoso central (SNC), dos quais 3.144 (29,7%) permanecem em investigação e 7.430 já foram investigados, sendo 2.289 confirmados e 5.141 descartados.
Chikungunya
As fortes dores nas articulações, também chamadas de artralgia, são a principal manifestação clínica de chikungunya. Essas dores podem se manifestar em todas as articulações, principalmente nas palmas dos pés e das mãos, como dedos, tornozelos e pulsos. Em alguns casos, a dor nas articulações é tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.
A confirmação do diagnóstico é feita a partir da análise clínica de amostras de sangue e o tratamento contra a febre chikungunya é sintomático, ou seja, analgésicos e antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas, sempre sob supervisão médica. Medidas como beber bastante água e guardar repouso também ajudam na recuperação.
Anti-inflamatórios e até fisioterapia podem ser indicados ao paciente se a dor nas articulações persistir mesmo depois da febre ter cessado.
A chikungunya é considerada mais branda do que a dengue e são muito raras as mortes que ocorrem por sua manifestação. Os óbitos, todavia, podem ocorrem por complicações em pacientes com doenças pré-existentes. Em 2016, foram confirmadas 6 mortes por febre de chikungunya, sendo 3 no estado da Bahia, as outras três nos estados de Sergipe, São Paulo e Pernambuco.
Dengue
Os quatro sorotipos da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4) causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O principal sintoma da doença é a febre alta acompanhada de fortes dores de cabeça (cefaleia). Dores nos olhos, fadiga e intensa dor muscular e óssea também fazem parte do quadro clássico da dengue.
Outro sintoma comum é o rash, manchas avermelhadas predominantes no tórax e membros superiores, que desaparecem momentaneamente sob a pressão das mãos. O rash normalmente surge a partir do terceiro dia de febre. Diarreia, vômitos, tosse e congestão nasal também podem estar presentes no quadro e podem comumente levar à confusão com outras viroses.
O quadro de dengue clássico dura de 5 a 7 dias, desaparece espontaneamente e o paciente costuma curar-se sem sequelas.
Já na ocorrência de dengue hemorrágica a situação torna-se mais complicada. A doença, cuja ocorrência é mais comum em pacientes que apresentam um segundo episódio de dengue, de um sorotipo diferente do primeiro caso, causa alterações na coagulação do sangue, inflamação difusa dos vasos sanguíneos e trombocitopenia (a queda do número de plaquetas). Devido à queda das plaquetas e à inflamação dos vasos, os pacientes apresentam tendência a sangramentos que não cessam espontaneamente, dor abdominal intensa e contínua, pele fria, úmida e pegajosa; hipotensão (choque); letargia e dificuldade respiratória (derrame pleural ou líquido nos pulmões).
Dentre as três doenças, a dengue tem sido considerada a mais perigosa pelo número de mortes. Em 2016 foram confirmados 826 casos de dengue grave e 8.116 casos de dengue com sinais de alarme; dos quais 6,8% resultaram em morte, com um total de 609 mortes confirmadas ao longo do ano. No mesmo período de 2015 foram confirmados 972 mortes, representando uma proporção de 4,3% dos casos graves ou com sinais de alarme.